Relatório das unidades 21 e 22 da TP 6

Com o estudo da unidade 21 e22 pretende-se que os cursistas adquiram mais clareza na compreensão do fenômeno da linguagem, na sua dimensão argumentativa e sistematizem os recursos lingüísticos que tecem um texto explicitamente argumentativo. Para tanto as reflexões da autora sobre a linguagem se apóiam na concepção de que usamos as línguas (e a linguagem) não apenas para retratar o mundo ou dizer algo sobre as coisas, mas principalmente para atuar, agir sobre o mundo, as pessoas e as coisas, desta forma produzimos resultados a partir de nossas ações lingüísticas.

A linguagem é uma forma de trabalho cultural e toda manifestação lingüística é também argumentativa, pois sempre que fazemos uso da linguagem temos o objetivo implícito de alterar ou querer alterar as crenças dos interlocutores, implicitamente queremos convencê-los de nossas idéias.

Quando fazemos uso dessa capacidade de convencimento da linguagem, não utilizamos significados apenas lingüísticos, mas também qualquer outro recurso comunicativo interagem com os signos da língua portuguesa para que possamos atingir o propósito de nossa comunicação. Na comunicação oral, por exemplo, os gestos, tonalidade de voz , expressões faciais e corporais colaboram para construção dos sentidos do texto.

Os códigos que chamamos línguas são compostos por signos lingüísticos, que, em um sentido mais geral, são elementos de natureza lingüística usados para designar outros elementos de natureza lingüística. Logo, o signo lingüístico é resultado da relação indissociável entre significante (lingüístico, imagem acústica) e significado (conceito, idéia).

A forma de integrar os sinais de diferentes linguagens para atingir as finalidades argumentativas varia de situação para situação, de interlocutor para interlocutor. Nos diálogos face a face, por exemplo, os recursos utilizados para convencer o interlocutor é mais explicito.

A argumentação é a estratégia de dar um exemplo, ou contar um caso específico, para, em seguida, generalizar e extrair uma conclusão geral. Podemos encontrar quatro tipos de argumento:

1) Argumento de autoridade;

2) Argumento baseado no consenso;

3) Argumentos baseados em provas concretas;

4) Argumentos com base no raciocínio lógico.

A PRODUÇÃO TEXTUAL

A produção textual a partir do trabalho como processo de escrita é composto por quatro etapas principais: Planejamento, escrita (ou composição), revisão e edição.

A língua escrita é utilizada com algumas funções básicas, segundo Lúcia Garcez:

a) Função Expressiva: é utilizada para expressão individual, centrada no eu. Como é o caso em diários, depoimentos, cartas, bilhetes, artigos, poemas, etc.

b) Função Apelativa: é centrada no leitor e tem por objetivos influenciar o comportamento de quem lê.

c) Função Metalinguística: quando a linguagem se refere a si mesma, se constituindo objeto de descrição e explicação.

d) Função Poética: Ao focar no texto as sua possibilidades expressivas, o autor visa elaborar no leitor uma experiência estética.

e) função Referencial: Utilizada para descrever, conceituar, informar.

Enfim, me reuni aos cursistas com objetivo de discutir alguns conceitos, que para alguns até desconhecidos e estratégias de trabalho em sala de aula que possam facilitar o desenvolvimento de habilidades e competências na produção textual, ou seja, como fazer com que os educandos adquiram argumentos e posteriormente sistematizem-os em um texto compreensível e convincente. Penso que esse momento da oficina deve ser utilizado não para troca de formas de aplicação das atividades mas também para o planejamento de mais atividades a serem aplicadas em sala de aula, pois sabemos que os professores cursistas são sobrecarregados e esse é um momento fértil e propício, pois podem trocar informações, pedir sugestões, trocar até bons textos. Este é um momento em que esquecem a concorrência existente na carreira e um colabora com o outro.